sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Coronel Manuel Maracajá

Marcos Maracajá
A postagem não segue literalmente o que está no livro, é apenas um resumo.
Abreu e Lima, PE, 11 de abril de 2023.



Manuel de Medeiros Maracajá, quando jovem, Manoel Mariz de Medeiros Maracajá, nasceu na Fazenda Arara, município de São João do Cariri, no dia 25 de dezembro de 1881, foi batizado na Igreja de Nossa Senhora dos Milagres, São João do Cariri, filho do Coronel Patrício da Costa Freire  Mariz Maracajá e de Virgínia Maria de Medeiros Maracajá. Avós paternos, Inácio Freire Mariz Maracajá e Vicência Freire Pessoa, avós maternos, Luís Vicente de Melo Medeiros e Josefa Coutinho Gurjão. 
Segue o registro do batismo de Manoel Maracajá (com atualização ortográfica): "Aos doze de maio de mil oitocentos e oitenta e dois, "Oratório privado Arara", nesta Freguesia de São João do Cariri, batizei solenemente a Manoel, branco, nascido aos vinte e cinco de dezembro do ano passado, filho legítimo de Patrício da Costa Freire Mariz, e de Virgínia Maria de Medeiros, foram padrinhos Antônio José Maria Maracajá e Cândida Freire Mariz. Do que para constar mandei fazer este assento em que me assinei. Vigário José de Souza Magalhães.

O Coronel Manuel Maracajá faleceu em pleno exercício de Prefeito de Cabaceiras, Paraíba, em 7 de abril de 1928. Foi sepultado no cemitério de Cabaceiras.

Formação e vida pública

No final do Século XIX, isto é, nos anos iniciais de 1890, Manuel Maracajá estudou no Curso Anexo, em Recife, que preparava os estudantes para a Faculdade de Direito daquela Capital. Residia na casa do tio paterno, Coronel Lucas Freire Mariz Maracajá. Também no mesmo período estudaram seus irmãos, Major Luís Maracajá, e Major Raulino Maracajá. Nesse período Manoel Maracajá assinava como Manuel Mariz de Medeiros Maracajá, Major Luís como Luís Freire de Medeiros Maracajá, e Major Raulino como Raulino Freire de Medeiros Maracajá, conforme boletins do Curso Anexo divulgado na imprensa da Capital pernambucana.
Governou o município de Cabaceiras por um período de 9 anos (1919 a 1928) quando trouxe muitos benefícios para a cidade como implantação do serviços telegráficos em 1921, luz para a cidade com um motor a diesel ou de azeite de mamona em 1924, construção do açude do Bravo inaugurado em 1928, e construção da estrada entre Cabaceiras e Boa Vista.
Consta nos jornais da época, décadas de 1900 a 1920, que Manuel Maracajá foi:
1) Delegado de Polícia de Cabaceiras (O Norte, Parahyba do Norte, quinta-feira, 5 de agosto de 1915, página 2);
2) 3º  suplente de juiz federal no município (Diário Oficial da União, 21 de junho de 1913, página 2, Seção 1);
3) Agropecuarista (Fazenda Caroá, Ribeira, Cabaceiras, negociava com algodão que levava a marca de "Urso" );
4) Comerciante na cidade (casa de secos e molhados, miudezas, etc.);
5) Correspondente do jornal O Norte, João Pessoa e da Revista Era Nova, João Pessoa.
Sua propriedade era a fazenda Caroá, no Distrito da Ribeira, ainda hoje há parte da propriedade com um neto e um bisneto.
Ao falecer em 1928, Manuel Maracajá deixou como sucessor o amigo e compadre Coronel Miguel Pereira de Almeida, Miguel Peba, que era vice-prefeito.

Casamento e descendentes

Manuel de Medeiros Maracajá casou com Maria Borges Gurjão no dia 5 de junho de 1905 em Timbaúba do Gurjão, distrito à época de São João do Cariri, o nubente com 24 anos de idade, filho de Patrício Freire Mariz ( o escrivão omitiu o sobrenome Maracajá), e de Virgínia de Medeiros (abreviado pelo escrivão) Maracajá, a nubente foi chamada de Maria Borges das Dores com 16 anos de idade, filha de Ubaldo Borges Gurjão, e de D. Ignacia Borges Gurjão. O casamento foi realizado pelo Juiz de Direito Dr. João Maria de Brito, serviram como testemunhas, Luiz Napoleão Maracajá, casado, com 35 anos de idade, criador, morador em Alagoa Nova, Dr. Elias Elíaco Eliseu da Costa Ramos, 75 anos de idade, criador, morador neste termo (São João do Cariri), e Joaquim Pereira de Medeiros, 48 anos de idade, casado, morador neste termo. Após o casamento a noiva passou assinar como Maria Borges Maracajá.
Maria Borges Gurjão, conhecida pelos íntimos como Dona Maria Maracajá, nasceu em 15 de outubro 1889 na Fazenda Timbaúba, atual cidade do Gurjão, Paraíba. Faleceu às 18 horas do dia 18 de novembro de 1954, na cidade das Vertentes, Pernambuco, onde foi sepultada.
Ubaldo Borges Gurjão nasceu em 18 de novembro de 1857, em Timbaúba do Gurjão, fazenda que pertencia aos seus pais, Coronel Vicente Borges Gurjão e Alexandrina Caetana de Santana.
A Fazenda Timbaúba do Gurjão pertencia ao município de São João do Cariri, anos mais tarde com emancipação política, tornou-se a cidade de Gurjão, região oriental do Cariri paraibano, reduto da Família Borges Gurjão.
Após o falecimento do Coronel Manuel Maracajá, Maria Borges Maracajá casou no religioso com Professor Francisco Pereira Coelho, e passou a assinar-se Maria Borges Pereira, mas não houve filhos.
Do casamento de Manoel Maracajá com Maria Borges Maracajá, nasceram-lhes 5 filhos:

1. Adilson Borges Maracajá, Adilson;
2. Claudionor Borges Maracajá;
3. José Borges Maracajá, Zezé;
4. Luís Lauro Maracajá, Luizinho;
5. Maria Alice Maracajá, Laly.

1. Adilson Borges Maracajá nasceu em Cabaceiras no dia 24 de dezembro de 1926, faleceu solteiro em 11 de fevereiro de 1953, em Vertentes, Pernambuco, onde foi sepultado.

2. Claudionor Borges Maracajá nasceu em Cabaceiras em 17 de novembro de 1924. Faleceu na infância.

3. José Borges Maracajá, Zezé Maracajá, nasceu na Fazenda Caroá, município de Cabaceiras, em 29 de março de 1917. Faleceu de parada cardíaca às 10 horas do dia  22 de abril de 1977, em Gurjão, Paraíba,  onde foi sepultado. 
Casou Maria Joana Leite em 8 de junho de 1934 na Capela de Santo André, distrito de Taperoá, Paraíba. Após o casamento passou a assinar-se como Maria de Oliveira Maracajá.  
Maria de Oliveira Maracajá nasceu em 15 de setembro de 1916 em Juazeiro do Norte, Ceará. Filha de José Leite de Oliveira e Maria Joana de Oliveira, sendo neta paterna de Francisco Leite de Oliveira e de Inácia Maria de Jesus, bisneta de Francisco de Oliveira Leite e Emília Maria da Conceição, trineta paterna do Capitão Inácio Joaquim de Oliveira Leite e Manuela Maria de Jesus.
Maria Maracajá faleceu em 10 de outubro de 2000, em Campina Grande, Paraíba, foi sepultada em Gurjão, Paraíba.

Do casamento de Zezé Maracajá com Maria Maracajá resultaram 23 filhos, mas apenas 14 sobreviveram. 
São filhos de Zezé Maracajá e Maria Maracajá:

3.1 Antônio Borges Maracajá, Toinho, entre familiares, Antônio Maracajá entre os conhecidos. Foi uma forma que o pai encontrou para homenagear o tio avô, Coronel Antônio Maracajá.
Antônio Maracajá nasceu na Fazenda Caroá, município São João do Cariri, em 19 de março de 1935, faleceu em Taquaritinga do Norte, Pernambuco, em 10 de novembro de 1987, onde foi sepultado. 
Casou em primeira núpcias com Maria Inês Bezerra, em Vertentes, Pernambuco, em 1960, filha do Fazendeiro e funcionário do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca), Sérgio Bezerra, ambos naturais de Vertentes. 
São pais de dois filhos:

3.1.1 Fernando, Técnico em Contabilidade, aposentado.

3.1.2 Ângela Maria Bezerra, Professora Ângela, nascida em Vertentes, faleceu na mesma cidade em 14 de janeiro do 2023.
Graduada em Pedagogia pela FAFICA (Faculdade de Filosofia de Caruaru), e Graduada em Biologia pela FABEJA (Faculdade de Belo Jardim), e Pós-Graduada em Meio Ambiente. Exerceu a docência de Ensino Médio como professora de Biologia no Ensino Médio, e de Ciências, no Ensino Fundamental. Também foi diretora escolar em Vertentes.
Separado de Inês Bezerra, Antônio Maracajá passou a viver com Josefa Porto de Araújo, filha de José Domingos Porto, Zé Sérgio, e Alice Porto de Araújo. 
Do relacionamento resultaram 11 filhos, entre os quais o autor deste blogue:
3.1.3 Marcos;
3.1.4 Maria das Graças;
4.1.5 Aparecida;
4.1.6 Bolívar;
4.1.7 Regina Célia;
4.1.8 Carlos;
4.1.9 Elivânia;
4.1.10 Edson;
4.1.11 Paulo;
4.1.12 Patrícia;
3.1.13 Dário.

3.2 Maria do Socorro Maracajá Evaristo, natural de São João do Cariri, Paraíba, faleceu em 8 agosto de 2012, em Campina Grande, Paraíba, foi sepultada em Taperoá, Paraíba onde vivia com o esposo José de Oliveira Evaristo. 

3.3 Teresinha Borges Maracajá, viúva do primo e cunhado Francisco de Oliveira Evaristo, ambos naturais de São João do Cariri.
Francisco Evaristo era filho de João Evaristo e Ermina Emília de Oliveira, nasceu em 16 de março de 1920 no Sítio Quixaba, Taperoá, faleceu às 5 horas e 30 minutos do dia 2 de março de 2003 no Sítio Quixaba, foi sepultado no Cemitério da Consolação, Taperoá. Deixou 3 filhos.

3.4 Aluízio Borges Maracajá nasceu em 19/10/1939 na Fazenda Caroá, São João do Cariri; faleceu em Campina Grande em 20/08/2019, foi sepultado em Gurjão, Paraíba, em 21/08/2019. Já era viúvo de Sebastiana de Oliveira Maracajá, natural de Gurjão, falecida em 2011, foi sepultada em Cabaceiras. Do casal Aluízio e Sebastiana há vários filhos;

3.5 Edith Borges Maracajá, solteira;

3.6 Manoel Borges Maracajá casou com Maria das Graças Maracajá, pais de um filho;

3.7 Valdemar Borges Maracajá, pais de vários filhos;

3.8 Reginaldo Borges Maracajá, viúvo de Maria José, pais de vários filhos;

3.9 Judas Tadeu Maracajá, nasceu em São João do Cariri, Paraíba, em 15 de agosto de 1944, e faleceu em Itanhaém, São Paulo em 2008. 
Casou com Antônia Pereira de Souza, nascida em 8 de outubro de 1948, em Canindé, Ceará. Após o casamento passou a assinar-se como Antônia Pereira de Souza Maracajá. 
Judas Tadeu Maracajá faleceu em 2008 na cidade de Itanhaém, São Paulo.
Filho do casal:
3.9.1 Renato Souza Maracajá, conhecido como "Vovô" no litoral de Itanhaém, São Paulo. Atuou como surfista e revelador de talentos na cidade, tendo obtido alguns prêmios em campeonatos de surf realizados em Itanhaém.
Renato foi assassinado em 31 de janeiro de 2015, estava com 33 anos de idade;
3.10 Francisco de Assis Maracajá nasceu em São João do Cariri, Paraíba. Faleceu no Rio de Janeiro, onde foi sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier. Já era viúvo de Maria Auxiliadora de Oliveira Maracajá, sepultada em Taperoá, Paraíba. Deixaram 4 filhos;
3.11 Luzia Borges Maracajá, formada em Pedagogia pela UFCG (Universidade Federal de Campina Grande). Casou com Fernando Tejo, formado em Educação Física, foi professor na Escola Estadual da Prata, Campina Grande, Paraíba. Fernando Tejo faleceu em 2015;

3.12 José Borges Maracajá, Zé Branco, é casado com Geni Ramos. São pais de vários filhos;

3.13 Maria Salete Maracajá, nascida em São João do Cariri, em 21 de novembro de 1947. Faleceu com 11 anos de idade;

3.14 Valderes Borges Maracajá nasceu no Sítio Caroá, município de Cabaceiras, em 15 de março de 1949. Casou com Elias Cândido de Castro, natural de Gurjão, falecido em 2015 na cidade do Rio de Janeiro. Após o casamento, Valderes passou a assinar como Valderes Leite de Castro. Do casal há 3 filhos;

3.15 Sônia Borges Maracajá, filha adotiva.

4. Luís Lauro Maracajá, mas no registro de nascimento está como Luiz Borges Maracajá, nasceu na Fazenda Caroá, município de Cabaceiras, em 10 de março de 1906, faleceu na Fazenda Caroá, às 15 horas do dia 26 de maio de 1949, vítima de AVC (acidente vascular cerebral) foi sepultado em Cabaceiras, Paraíba. Quando foi batizado, os padrinhos foram os avós maternos, Ubaldo Borges Gurjão e Inácia Borges Gurjão.
Luís Maracajá, Luizinho, casou com a prima Antônia de Queiroz Maracajá, Bila, filha do seu tio paterno Major Patrício Freire Mariz Maracajá (não confundir com o pai que tinha o mesmo nome, no entanto este era Coronel da Guarda Nacional) e Olindina de Queiroz Maracajá. 
Antônia de Queiroz Maracajá, Bila, era neta materna do Coronel José Genuíno Correia de Queiroz e de Antônia de Medeiros Queiroz, certamente o Major Patrício Maracajá quis homenagear a sua sogra e tia materna.
Antônia de Queiroz Maracajá nasceu no dia 1 de maio de 1914, faleceu às 22 horas do dia 1 de setembro de 1989 no Sítio Lucas, São João do Cariri, aos 75 anos, 8 meses, e 29 dias de idade conforme declarou o filho Manoel Balthazar Maracajá, filha de Patrício Freire Mariz Maracajá e de Olindina de Queiroz Maracajá, deixou 2 filhos, o declarante e Maria das Graças Borges Maracajá. Luiz Maracajá integrou a Câmara de Vereadores de Cabaceiras, ou seja, foi eleito para tal cargo. 
O casal deixou 2 filhos;

5. Maria Alice Maracajá, Laly, nasceu em 4 de setembro de 1910 na Fazenda Caroá, Cabaceiras, Paraíba. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1994. 
Casou com Francisco Alves Baptista Filho em 5 de abril de 1941, em Heliópolis, Rio de Janeiro, passou a assinar como Maria Alice Maracajá Baptista.
Alice Maracajá Baptista era funcionária administrativo do TSE  (Tribunal Superior Eleitoral), no Rio de Janeiro, onde se aposentou.
Francisco Alves Baptista Filho, natural de Pocinhos, Paraíba, faleceu no Rio de Janeiro, Capital, em 5 de novembro de 1951. 
São filhos de Alice Maracajá Baptista com Francisco Baptista Filho:
5.1 Epitácio Maracajá Baptista, nasceu no Rio de Janeiro. Formou-se em Medicina pela Faculdade Nacional de Medicina do Rio de Janeiro. Tornou-se cardiologista. Foi nomeado 1º Tenente-Médico da Polícia Militar do Estado da Guanabara, atual Rio de Janeiro. Já é falecido. Casou-se com Lia Pohlmann.
São filhas do casal:
5.1.1 Camila Pohlmann, bacharel em Comunicação e Jornalismo pela PUC-Rio; MBA em Marketing pela PUC-Rio. Ex-repórter do Globo on line, Rio de Janeiro, com várias matérias produzidas. Reside em Londres, Inglaterra;
5.1.2 Carolina Pohlmann estudou Hotelaria em Boston nos Estados Unidos e Gastronomia na França.
5.2 Francisco de Assis Maracajá Baptista nasceu no Rio de Janeiro, Capital,  em 24 de fevereiro de 1938, onde faleceu. Era funcionário do TSE  (Tribunal Superior Eleitoral). Casou com Elza Helena.
São pais de:
5.2.1 Otávio;
5.2.2 Maria Alice;
5.2.3 Ricardo.


Fonte: Coronel José de Abreu Tranca e os Oliveira Ledo: sua descendência, livro inédito deste Autor.





GALERIA DE FOTOS "CORONEL MANOEL MARACAJÁ"


Coronel Manoel de Medeiros Maracajá











Maria Borges Maracajá






Coronel Patrício Freire Mariz Maracajá
(Foto editada por Marcos Maracajá)

Virgínia Maria de Medeiros Maracajá
(Mãezinha)
(Foto editada por Marcos Maracajá)


Sentados, da esquerda para direita: Manoel Ubaldo, Maria Borges, Francisca Borges, Ubaldo Borges Gurjão e a esposa Inácia Souto Gurjão. Em pé da esquerda para a direita: José Ferreira, José Borges, Francisco Borges, e Manoel Maracajá. Ano 1920.
Foto pertence ao arquivo de Patrício Borges Maracajá.



º


O Coronel Manoel Maracajá é o 15º, em pé da esquerda para a direita. Esta foto foi publicada pelo jornalista Wiliam Tejo em sua coluna "Fragmentos Históricos", com o título "Álbum de Campina Grande", no 3º Caderno, do Jornal da Paraíba, Campina Grande, domingo, 10 de novembro de 1996, página 4.
Foto: Assembleia Legislativa da Paraíba (original) publicada no Jornal da Paraíba.




Túmulo de Maria Borges Maracajá e seu filho Adilson Borges Maracajá, Cemitério Público das Vertentes, Pernambuco Foto: Marcos Maracajá
Antônio Borges Maracajá

Luiz Lauro Maracajá

José Borges Maracajá



José Sérgio Bezerra, 1º sogro de Antônio Borges Maracajá, Toinho.



Maria Alice Maracajá Baptista, Laly













































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